Diante dos tímidos resultados no varejo e na indústria em dezembro, a economia brasileira voltou a se contrair e encerrou o último trimestre em desaceleração.
Ainda assim, a atividade mostrou uma recuperação da expansão modesta de 2012 e fechou o ano com crescimento de 2,5%, segundo dados do IBC-BR, o indicador de atividade do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira (14).
O resultado veio em linha com a expectativa dos analistas, que estimavam um resultado próximo de 2,5% no ano.
O índice foi lançado como uma espécie de "prévia" do PIB, cujo resultado oficial é divulgado trimestralmente pelo IBGE, com defasagem de cerca de dois meses. Os resultados, no entanto, nem sempre ficam próximos, o que reduziu a credibilidade do indicador do BC.
Segundo alguns analistas, a diferença ocorre porque o BC não usa o mesmo método do IBGE de ajuste sazonal - quando são descontados os efeitos típicos de cada período para permitir comparações entre meses e trimestres diferentes.
Os economistas entraram o último trimestre prevendo uma retomada nos últimos meses do ano, com a esperança do efeito positivo das vendas de Natal e da injeção do 13º salário.
A economia esboçou uma melhora em outubro, depois da contração no terceiro trimestre, mas a tendência se inverteu em novembro e dezembro selou a desaceleração.
As vendas no varejo em dezembro caíram 0,2% e interromperam nove meses seguidos de avanço. A indústria surpreendeu os analistas com uma queda de 3,5% no mês.
Folha de S. Paulo







0 Comentários