A política é mesmo uma caixa de surpresas, mal fazem 3 meses que o vereador eleito pela coligação "O Desenvolvimento Vai Continuar" Marcos Oliveira, mais conhecido como Marcos da Previdência e que dizia LEALDADE ao grupo político no qual militou há anos, escreve mais uma carta direcionada ao povo agrestinense e surpreende a todos.
Confiram:
Carta escrita uma semana após a vitória:
Agora comparem com a atual:Nessas eleições, durante as minhas caminhadas, consegui observar duas situações. Uma, que me EMOCIONOU; outra, ao contrário, causou-me PREOCUPAÇÃO e INDIGNAÇÃO. EMOÇÕES eu vivi quando recebi vários depoimentos de pessoas que, por reconhecimento ao meu trabalho, me escolheram como vereador, e fizeram questão de declarar o seu ponto de vista; PREOCUPAÇÃO, por testemunhar e ouvir que muitos escolheram o seu candidato por receber algum beneficio financeiro (dinheiro); INDIGNAÇÃO, por ficar sabendo que são poucos os que valorizam o trabalho de um representante do Povo ou esquecem, em curto espaço de tempo, de sua atuação, de sua dedicação e, pasmem, até de suas incansáveis lutas em prol da sociedade que representa.
Quando resolvi ser político, optei em seguir uma postura honesta, leal e fiel e aos meus princípios, onde enveredaria pelo caminho de servir ao meu Povo sem, contudo, ter que me corromper.Em 2004, fui eleito vereador e não tive que comprar um voto sequer para ganhar as eleições. Quis mostrar aos políticos locais de que era possível chegar lá sem burlar a lei que proíbe a captação ilícita de sufrágio.Qualquer político, que é eleito sem gastar dinheiro, tem compromisso com o seu Povo. NÃO SE VENDE. NÃO NEGOCIA. NÃO FAZ NEGOCIATAS. Assume a responsabilidade de servir a cada cidadão e de defender o interesse público, colocando-o acima de qualquer interesse pessoal. DIFERENTEMENTE DE OUTROS QUE COMPRAM VOTO, porque LÁ NA FRENTE IRÃO TAMBÉM SE VENDER E DEFENDER OS SEUS INTERESSES PESSOAIS.Em 2008 não consegui me reeleger. Para minha surpresa, muitos dos cidadãos com quem eu acreditava contar resolveram escolherem outros candidatos. Candidatos que, ao contrário de mim, FICARAM MUDOS, SURDOS E CEGOS DURANTE OS ÚLTIMOS QUATRO ANOS, mesmo ciente de que o Povo de Agrestina precisava de uma “voz” para gritar, espernear, denunciar e defender os mais humildes e indefesos. Outros privilegiados escolhidos por esses cidadãos sequer se incomodavam com os problemas do nosso município. Mas decidi servir ao meu Povo e empreendi uma luta incansável em defesa ao meu povo junto com a Prefeita eleita Carmen Mirian.Chegaram às eleições de 2012 e não mudei a minha postura política para ganhar as eleições e ser eleito. Continuei sendo eu mesmo, seguindo a minha consciência que me diz diariamente que não vale a pena chegar por caminhos escusos e fraudulentos. O POLÍTICO SÓ TEM COMPROMISSO SE FOR ESCOLHIDO ESPONTANEAMENTE PELO ELEITOR. Por isso, arrisquei até minha própria vida para defender o meu Povo. Era o que poderia oferecer como gratidão pelos votos obtidos em 2008. Tive prejuízos financeiros. Tive prejuízos morais. Sofri varias perseguições. Tive prejuízos familiares, quando deveria estar junto a minha esposa, junto aos meus filhos, enfim minha família. Mas tudo isso valeu a pena porque estava cumprindo o meu dever como político.Aqui deixo o meu desabafo, consegui me eleger e irei continuar a servir ao meu povo, agora, com mais experiência e maturidade. Lamento a Prefeita Carmen Mirian não ter se reelegido e só espero não ouvir desses cidadãos agrestinenses, que optaram em votar em outro candidato, que o arrependimento assolou a sua consciência e deveriam ter escolhido a atual Prefeita, até porque já será tarde demais para voltar atrás. Tenho a certeza que Dona Carmen seguirá o seu caminho, passando a cuidar de si mesma e de sua família com mais tempo e dedicação, com a sua consciência tranquila, de que se ofereceu como opção, mas não obteve êxito e que, certamente, terei a prova de que o dinheiro, a enrolação, a mentira e a falta de compromisso valem muito mais do que o trabalho realizado, a postura política séria, a vontade de servir e de mostrar que é possível chegar sem comprar ninguém.Por fim, agradeço aqueles que reconhecem o meu trabalho.
Carta ao povo de Agrestina
Meus amigos e minhas amigas a decisão foi muito difícil de tomar. Pois, afinal, foram 12 anos de militância ativa e de vida publica, acreditando na transformação de uma nova Agrestina, pela libertação e independência das pessoas através da política, fazendo oposição e sendo governo. Essa decisão que tomei, não foi uma decisão unicamente pessoal, mas uma decisão de grupo e do partido ao qual estou militando atualmente, o PR, pensei, refleti e, vi que não há mais condições de continuar no grupo que sempre militei politicamente, após meu retorno para Agrestina.
Vou continuar sempre sendo a pessoa que acha que a política é um instrumento de transformação social e de emancipação das pessoas e da sociedade. Já vinha, há bastante tempo com alguns descontentamentos, insatisfação de como sempre fui tratado internamente no grupo politico que vinha militando. Existiram diversas razões que me levaram a este caminho. A mais difícil se dá no nível da minha consciência. Sempre agi, na vida e na política, com a maior precisão entre o que penso e o que faço. Sempre cumpri com os deveres da minha consciência, sempre cumpri com meus princípios de fidelidade, honestidade e lealdade, acredito que nos bastidores internos do grupo que militei a reciproca não foi à mesma.
Às vezes na política e nos partidos as pessoas perdem a referência de que a política é um instrumento de transformação e de libertação para o povo. Então, tem muita gente que faz a política apenas disputando cargos e espaços de poder. É preciso se renovar, ouvir as pessoas e as opiniões, dá oportunidade a outros com ideias novas, afinal a politica é um instrumento de transformação voltada para o povo e não de manipulação em proveito próprio, de cargos e/ou de disputas de poder.
Em nosso município é preciso que se renove a política, que tem pessoas políticas que não aceita qualquer procedimento de manipulação, e querem sempre manobrar as pessoas, manobrar os partidos políticos, enfim, manobrar o grupo politico, como que fosse proprietário do poder não deixando espaços e oportunidades para outros, como que vivêssemos em uma monarquia. Existem pessoas que não tem ouvido a militância, que não tem ouvido os lideres e muitas vezes ignoraram que existem pessoas capazes, pessoas leais e fieis para renovação e mudança dentro do grupo.
Nesse momento informo de que não dependo da politica, de que sou independente e tenho meios para sobreviver caso não venha a continuar na vida publica. Porém quero ser transparente de que continuarei a me dedicar à causa pública, lutando pelo fortalecimento da democracia em nossa cidade, acreditando na renovação e na mudança, sendo que militando em novo grupo politico.
Pensei, pensei e procurei fazer uma reflexão mais profunda para não tomar uma decisão no calor da emoção. Refleti com os amigos, refleti com os lideres do partido, com os cabos eleitorais, com a minha família, para não tomar uma decisão frustrada. Estou consciente de que o povo de minha Agrestina vai entender o significado de minha escolha em um novo quadro para transformar as práticas político-administrativas no nosso município. Acredito que Thiago Nunes vai representar a renovação dentro de uma frente política-administrativa e espero que seja mantida por ele.
Portanto, quero comunicar aqui duas decisões tomadas por mim e pelo partido. Primeiro, a minha saída do grupo politico que militei durante muitos anos e segundo, que permanecerei na vida publica em novo grupo politico. Com esta minha posição tenho certeza que sofrerei muita retaliação na vida publica-partidária, decidi que devo sair do grupo politico que militei por muitos anos, mas, com minha consciência tranquila do dever cumprido e com dignidade. E que seguirei os meus princípios de fidelidade, honestidade e lealdade e principalmente servindo ao meu povo, sem discriminação, como sempre servi durante todos esses anos de vida publica em Agrestina.
Agrestina, 01 de janeiro de 2013.Marcos da Previdência - Vereador.
Por Adriano Monteiro

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