Foto: Raul Buarque |
A engenharia financeira montada para bancar a construção da Ferrovia Transnordestina, que conta majoritariamente com recursos públicos, deverá ganhar novos contornos. A estimativa é que o arranjo seja divulgado nos próximos 30 dias. A informação partiu do governador Eduardo Campos, que na terça-feira (15) realizou a primeira reunião do ano com seu secretariado.
O impasse diz respeito ao valor do empreendimento, que começou ao custo de R$ 4,5 bilhões, em 2006, e agora sofre atrasos porque precisaria ser redimensionado, conforme reivindicações da concessionária da obra, a Transnordestina Logística S/A (TLSA). Pelos cálculos da empresa, os custos atuais do projeto - incluso no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - ultrapassariam a casa dos R$ 8,2 bilhões.
Projetada para ser a mais importante ferrovia de integração dos estados do Nordeste, a Nova Transnordestina deveria ser inaugurada neste ano, mas o impasse financeiro entre a concessionária controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o governo federal praticamente paralisaram a construção nos últimos seis meses.
Apesar de o governo esperar que o início da operação coincida com o término do mandato da presidente Dilma, a Transnordestina não deverá ser inaugurada antes de 2015, mesmo que haja o acordo financeiro.
A obra é financiada sobretudo por recursos públicos. Do total, a previsão é que R$ 1,3 bilhão seja aportado pela CSN, controladora da Transnordestina Logística S/A; R$ 164,6 milhões são do Tesouro (também acionista do projeto); e o restante (R$ 4 bilhões) vem de financiamentos públicos, uma combinação de linhas do BNDES e dos fundos constitucionais Finor, FNE e FDNE.
Quando estiver concluída, a Transnordestina vai ligar o município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), seguindo até Porto Real do Colégio (AL), onde se interligará com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
Do Diário de Pernambuco
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