 |
Antes da massa secar o alfenim ganha formas variadas. Foto: Adriano Monteiro |
É no estica e puxa de uma receita simples, que o alfenim, um doce tipicamente agrestinense e que tem sabor de saudade, começa a ganhar forma nas mãos de quem o produz.
 |
Foto: Adriano Monteiro |
Em Agrestina, o alfenim é oriundo da família Zacarias Santos, que em sua 7ª geração mantém a produção no município, além de repassar a receita para outras gerações a exemplo da família Otaviano, dos irmãos Pepeu (in memorian) e Dona Menininha, que aos 88 anos, demonstra destreza ao modelar a massa feita de açúcar, água e limão, uma iguaria que seu filho Cazuza, produz com o apoio da esposa, filhos e demais membros do lar.
De origem árabe e exportado para a Espanha e Portugal, o alfenim chegou ao Brasil durante a colonização, tornando-se até hoje, um doce típico em festas tradicionais do interior nordestino. Mas em Agrestina, o Alfenim é encontrado durante o ano todo, além de ser comercializado para outros municípios a exemplo de Bonito, São Joaquim do Monte, Panelas, Cupira e Caruaru.
O alfenim também rompe as fronteiras estaduais durante a realização da Festa de Nossa Senhora do Desterro, antes realizada no sítio Cachoeira, na zona rural de Agrestina, e que foi transferida para o centro da cidade, onde atualmente realiza uma das maiores procissões de Pernambuco, atraindo conterrâneos e devotos que moram em outros estados e sempre retornam com o doce, seja para relembrar a estadia em Agrestina ou para presentear amigos e familiares. Na última edição da festa, foram vendidos mais de 20 mil alfenins.
O Alfenim também está sendo comercializado na maior feira de artesanato da América Latina, a XVI Fenearte, que acontece até o próximo dia 12 de julho, no Centro de Convenções, em Olinda-PE, na Rua 04, Estande Nº 72.
 |
O Alfenim está entre os produtos mais vendidos no estande de Agrestina na Fenearte. Foto: Adriano Monteiro |
Ficou curioso para conhecer como é feito o alfenim? O Blog Adriano Monteiro acompanhou todo o processo de produção. Confira a galeria de imagens!
 |
Água, açúcar, limão e... o ponto exato. Um pequeno descuido e a receita "vai por água a baixo". |
 |
Atingido o ponto certo, a receita com textura consistente é despejada sobre uma mesa para iniciar o "estica e puxa" |
 |
Aos poucos, a massa que era transparente vai ficando branca, cor tradicional do alfenim |
 |
A massa do alfenim ganha consistência e elasticidade, passo final para iniciar o corte e modelagem |
 |
Na casa da família Otaviano, todos poem a mão na massa (literalmente) |
 |
Dona Menininha e o seu irmão já falecido, Pepeu, aprenderam o ofício através de Dona Josefa, da família Zacarias Santos |
 |
Fotos: Adriano Monteiro |
Por Adriano Monteiro
0 Comentários