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Raul Henry pede a cabeça de Eduardo Cunha

Foto: PE247
"Cunha perdeu totalmente a condição de presidente da Câmara dos Deputados". A avaliação é do vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), em referência ao correligionário e presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ). O parlamentar é alvo da investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em outubro, abriu um inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para apurar crimes corrupção com base em documentação do Ministério Público da Suíça apontando o peemedebista e sua esposa, Cláudia Cruz, como beneficiários de quatro contas na Suíça.

O congressista também é investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), pois, em delação premiada, o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, investigado na Operação Lava Jato, confirmou que o parlamentar recebeu US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras.

"Acho inclusive que o pouco reconhecimento das ruas em torno do impeachment de Dilma tem a ver com o movimento dele (Cunha)", disse Raul, em entrevista ao jornal Folha de Pernambuco. Segundo ele, o afastamento de Cunha "deve ser realizado o quanto antes para que o parlamento volte a cumprir seu papel".

Ex-deputado federal, o vice-governador afirmou que, quando Cunha integrava a base do governo, ele (o próprio Raul) conseguiu a maioria dentro da bancada para votação de algumas pautas importantes e o seu correligionário ficou na minoria, "mas acatou a posição da bancada".

"Tive a oportunidade de viver isso. Me coloquei numa posição contrária à dele e venci. Mas ele acatou a posição da comissão. Era um líder que acatava a posição da bancada. Só que ninguém imaginava que o desastre fosse desse tamanho que ele fosse um sujeito com tantas fragilidades que o impedem de realizar sua função como presidente da Câmara", complementou.

Jarbas

Raul também comentou sobre candidatura do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador de Pernambuco, de quem Raul é próximo e aliado. De acordo com o vice-governador, Jarbas "é uma pessoa muito respeitada pela sociedade e a Câmara precisa de uma pessoa que tenha esse perfil de resgate da credibilidade da instituição".

"Mas o PMDB é um partido muito divido. Já trocou de líder três vezes recentemente e tem sete ministérios para sustentar metade da bancada, porque a bancada está dividida no meio. São 24 assinaturas para um lado e 35 para o outro. Então eu não diria que a candidatura de Jarbas teria que nascer de um consenso do PMDB. Agora, precisamos de uma candidatura para resgatar o parlamento com o apoio da população", avaliou.

PE247


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