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Geraldo Holanda é o nono pernambucano a assumir a presidência da ABL Guilherme Gonçalves/ABL |
O poeta, crítico e tradutor pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti, 84 anos, foi eleito por unanimidade na última quinta (5/12) o novo presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele vai ocupar o lugar da escritora Ana Maria Machado, que deixa a gestão da instituição depois de dois anos no cargo. A posse do autor já tem data e horário definidos: acontecerá no dia 19 de dezembro, às 17h, no Salão Nobre do Petit Trianon.
Ao JC, o pernambucano expressou a certeza do orgulho – e da responsabilidade – de ocupar o cargo. “Tenho agora uma missão importante. Felizmente, tenho ao meu lado uma excelente diretoria”, comentou. Domício Proença Filho será o seu secretário-geral, Antonio Carlos Secchin o primeiro-secretário, Merval Pereira o segundo-secretário e Rosiska Oliveira tesoureira.
“Vou dar continuidade ao trabalho que buscou fazer na ABL obras sociais e levou a uma maior internacionalização dela – minha experiência como diplomata deve ajudar nessa parte”, ainda disse Geraldo Holanda. “Tenho uma amizade com os pernambucanos daqui, mesmo que não seja bairrista. Tenho orgulho, passei 20 anos no Recife e em Olinda, me sinto muito pernambucano”, comentou sobre o fato de ser mais um acadêmico local a ser eleito para a presidência da academia.
Antes de Geraldo, foram oito, incluindo o presidente por mais tempo, Austregésilo de Athayde. O mais recente foi Marcos Vinicios Vilaça, que assumiu duas vezes a instituição, em 2006 e 2010.
Geraldo Holanda nasceu no Recife em 1929. Reconhecido internacionalmente por seu trabalho como tradutor – ganhou o Prêmio Internazionale Eugenio Montal, entre outros –, manteve uma carreira na diplomacia em paralelo à literatura. Estreou na poesia em 1964, com O mandiocal de verdes mãos, e venceu em 1998 o Prêmio Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores, pelo livro Poesia reunida. Ocupante da cadeira 29 da ABL desde 2010, lançou neste ano A herança de Apolo, vasta obra com citações e referências sobre a poesia que reuniu ao longo da vida.
Jornal do Commercio
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